Em obras de artes interativas o homem que está no mundo físico se integra ao mundo digital. São as interfaces que permitem essa comunicação, assumindo assim o papel do espelho de Alice: portal para um universo fantástico. Se por um lado estamos ancorados e presos fisicamente no mundo dos átomos, são as interfaces, superfície deste espelho, que possibilitam ao homem mergulhar com sua imaginação no universo de signos mantidos pelo computador. E ninguém melhor do que o artista, com sua visão poética e suas competências estéticas, para criar este mundo de fantasia e se apropriar, adaptar e influenciar a criação de interfaces, ou até mesmo realizar sua criação, pois elas transformam os dados que o computador armazena e processa em sensações e o artista, querendo proporcionar novas situações sensoriais e interativas, irá exigir novos dispositivos. Mas até que ponto o artista e o designer poderão se envolver na criação dessas novas interfaces? É sobre este desafio que tratamos nesta obra.