"Macário", de Álvares de Azevedo, é uma peça teatral que se destaca pela sua atmosfera gótica e introspectiva, característica do romantismo sombrio do autor. Escrita entre 1850 e 1851, a obra explora temas como a existência, o desespero e o sobrenatural, refletindo a influência do romantismo europeu, especialmente de autores como Lord Byron e Goethe. "Macário" narra a jornada de um jovem estudante, Macário, que se encontra em uma encruzilhada existencial e moral. A peça é dividida em dois atos: Macário está em uma taverna em Lisboa, onde conhece um misterioso homem chamado Satã. Eles discutem sobre a vida, o amor, e o sentido da existência. Satã propõe a Macário uma viagem para conhecer a essência da vida e do prazer, prometendo mostrar-lhe a verdade além das ilusões. Macário segue Satã e encontra-se em situações que testam sua moralidade e sua visão do mundo. Ele é confrontado com cenas de decadência e hedonismo, que o levam a questionar suas próprias crenças e valores. O ato culmina em uma revelação perturbadora sobre a natureza do homem e do universo, deixando Macário em um estado de desilusão e desespero.